Há uma historia filosofal muito interessante e que deixa
qual quer um a pensar. Até porque todo na vida tem uma razão de ser. Todos nós as
vezes tomemos certas atitudes pelos mais diversos motivos. E só quando sabemos
e compreendemos porque um determinado individuo tomou uma determinada decisão
em detrimento de outra a que acho que podemos em nossa consciência avaliar se
procedeu bem ou não.
Mas bom, eu acho esta historia muito engraçada. Pelo que
consta havia um mestre oriental já muito velho e "cheio de
dias". E queria deixar o seu legado
ou seja o seu cargo de mestre ao seu melhor aluno como é obvio. E dizendo a
este baixinho ao ouvido o que pretendia que ele fizesse deu-lhe a seguinte
missão, "…tu vais procurar todos os conceitos, e estilos e vida, e
escreve-los num livro…". Ele partiu para procurar todos os conceitos de
vida filosóficos, e escreveu-os num livro tal como seu mestre lhe pediu. E
passado coisa duns cinco anos regressou e deu o livro ao seu mestre contendo
cerca de cem paginas escritas. Seu mestre leu e disse "… resume-me
isto!... isto é muito, não precisas de dizer tanta coisa… basta só o essencial…resume-me
isto…". Ora ele saiu dali muito triste e resumiu todo o que tinha escrito
no livro. Resumir mais seria impossível. Por isso voltou a ir ter com o seu
mestre isto passado novamente cerca de cinco anos. Este por sua vez leu o livro
e disse "…já te disse resume-me isto… só o essencial… resume-me
isto…". Se da ultima vez tinha saído dali triste e desanimado desta vez
então estava completamente desconsolado. Porque resumir mais seria impossível
pois seria cortar com conceitos e estilos de vida filosóficos. Até que passados
dez anos regressou para junto de seu mestre, por um lado um tanto triste por
ter levado tanto tempo a perceber o que o seu mestre lhe pretendia ensinar, mas
ao mesmo tempo contente por finalmente regressar e ter percebido afinal o que é
essencial na vida a propósito dos conceitos e estilos de vida. Nisto chegou
junto de seu mestre e mostrou-lhe uma folha em branco, completamente em branco,
não contendo nada escrito nela. Seu mestre ao ver a folha exclamou
"…finalmente posso morrer em paz, pois o meu dever aqui esta cumprido!
Finalmente percebes-te que devemos ter sempre uma folha em branco, para
escrevermos ao fim de cada dia, que ensinamentos esse dia nos trouxe… pois é
isso que fica como conceito, e estilo de vida… para aprendermos com o bem e o
mal que fizemos nesse dia, o bem para o voltarmos a usar, e o mal para não
voltarmos a errar em uma situação igual ou semelhante."
Eu acho esta historia interessante pois todos nos erramos e
todos nos podemos aprender alguma coisa com os erros, além disso não sei se
repararam mas a primeira folha do livro também esta em branco, na verdade eu
costumo deixar a primeira folha sempre em branco quando começo a escrever em um
caderno. E aqui no livro voltei a fazer o mesmo, eu costumo dizer que é para dar
sorte. Na verdade não sei se dá ou não, mas o motivo de a deixar em branco é
porque me alembra desta historia. Que eu achei que devia partilhar com quem ler
este livro pois acho que ensina aprendermos com os nossos erros. E acho que
todos os livros tem uma moral ou uma mensagem se assim preferirmos este contem
mais do que uma, ou pelo menos era essa minha intenção.
Folha
em branco…
Há outra historia que eu também acho interessante, e não sei
se o leitor que esta a ler este livro já ouviu falar ou já viu o filme
"Truque de Mestre". Mas este filme do meu ponto de vista tem
implícita uma mensagem muito interessante.
E vou começar por contar uma pequena historia ate porque é
essa que me interessa, e é referida no filme. E passa-se da seguinte maneira.
Certo dia um magico fez um espetáculo no
parque ou jardim da cidade, depende como lhe queiram chamar e pediu a alguém no
publico que ali se encontrava para
assinar uma carta, essa individuo assinou a dita carta. E em seguida foi
adicionada a carta novamente ao baralho, depois o baralho de cartas foi
embaralho-do em seguida mostrou o baralho. E a carta assinada não estava lá, e
o magico disse "…esta na arvore ali em frente, cortem só a frente da
arvore de maneira que ela apareça…" e assim foi feito e a carta que antes
tinha sido assinada lá se encontrava em um vidro. Ora tudo o publico ali
presente ficou admirado com o magico… agora vou contar o segredo por trás da
magia ou ilusionismo depende como lhe queiram chamar. Cerca de vinte anos antes
tinha o jovem magico catorze ou quinze anos a época, pediu a um trabalhador que
cuidava do parque ou jardim da cidade para lhe assinar uma carta, e colocou dentro de um vidro de forma a não se
deteriorar com o tempo e colocou a carta dentro da arvore por um pequeno buraco
que lá havia. Ora passado vinte anos a arvore cresceu muito e o pequeno buraco
acabou por tapar daí não se ver. Para além disto foi ter com o antigo
trabalhador do jardim ou parque como lhe queiram chamar e pediu-lhe para
assistir ao seu espetáculo contando-lhe claro, o que iria acontecer.
Esta historia tem uma
mensagem implícita que é a capacidade de ver vinte anos no futuro. Ou seja
mediante as nossas capacidades conseguirmos ver onde podemos chegar no futuro.
A
carta dentro da arvore de que fala a historia…
É certo que devemos viver intensamente pois ninguém sabe
qual é a hora ou o dia em que deus manda "o seu ceifeiro, fazer a
colheita". Mas também é certo e sobre tudo quando se é novo embora não
haja idade para se falecer, que o mais certo é daqui a dez anos, ou vinte anos,
ou trinta anos se cá andar. Por isso devemos ter esta capacidade não só de
sonhar mas a cima de tudo de concretizar. E vou pegar agora na nossa terra, e
não é por vivermos no meio da serra e termos um clima de estremos que não
podemos mudar o meio em que vivemos. Muito pelo contrario devemos é ver o
potencial que temos, onde ele está, e rentabiliza-lo.
Além do que eu já disse e dediquei sobre tudo este capitulo
a isso acho que devemos ver as coisas com outros olhos não para podermos ver o
mundo de maneira diferente… mas sim para o podermos ver o mundo de maneira mais
clara. Eu quando andava a estudar e me deparei com a situação de poder estudar
ou não. Ao fim de medir os prós e os contras cheguei a uma conclusão bastante
interessante em primeiro lugar não queria ser professor, porque os alunos não
têm respeito pelos professores na sala de aula nem pelos restantes alunos, nem
tão pouco pela escola. Quanto a medico ou enfermeiro não tenho
"estomago" para ver acidentes muito menos para ver como as pessoas
infelizmente muitas vezes ficam derivado a eles pois entro um tanto em pânico.
E até quem lida com esses casos diariamente, as vezes surgem situações que
custam a ver segundo familiares meus que exercem essas profissões. Quanto a
advogado ou juiz eu acho, que as leis foram feitas para o homem mas o homem não
foi feito para a lei. Para terminar não me entendo muito bem com matemáticas
por isso engenharias estaria fora de questão.
Além disso aconteceu tudo mais ao menos como eu previ,
quando deixei de estudar. Pois ao andar toda a gente a estudar fez com que
ouve-se mais oferta de mão de obra qualificada do que oferta de emprego para
mão de obra qualificada. E devido a isso tal como eu certamente quem estiver a
ler este livro tem familiares, ou conhecidos, ou amigos que apesar de terem
formação académica tiveram que igual emigrar para o estrangeiro. Portanto eu já
n´altura que deixei de estudar consegui ver isso num futuro não muito distante,
e infelizmente esta à acontecer.
Para os jovens que estão a pensar em estudar tenho apenas a
dizer duas coisas em primeiro lugar ponderem bem todas as opções. E em segundo,
e em jeito de sugestão optem por profissões que quando acabarem o curso possam
regressar a nossa aldeia, e ter cá trabalho. E dou como exemplos engenheiro
agrónomo, ou veterinário, entre outras profissões. Pois dentro da agricultura
existem projetos para inovar e modernizar agricultura. E assim podem viver
igual na nossa aldeia evitando-se o êxodo rural que por este andar vai
acontecer num futuro não muito longinco.
Devido aos projetos agrícolas podem mais facilmente optar por trabalhar por
conta propia, e como tem um conhecimento académico podem inclusive aumentar
mais facilmente a produção. E dou um exemplo muito simples pois o solo, um é
base e outro é acido, e conforme o solo assim se deve aplicar nesse terreno a
produção que mais o rentabiliza. Onde os agricultores de um modo quase geral
nem se quer tem conhecimento disso. Por isso acho que andar-se a estudar
"toda a vida" para depois se igual ter que emigrar, se calhar vale
mais ponderar a possibilidade de se estudar para profissões relacionadas com
agricultura, ou até mesmo não estudar. Cada um a que sabe que caminho quer dar
a sua vida. Por isso temos é de ponderar bem, e vermos do que o mundo esta a
precisar daqui a dez anos para estarmos preparados minimamente para o futuro,
coisa que nem sempre é fácil, mas pelo menos podemos, e devemos tentar.
Além disso o mais importante nem é a profissão que se têm,
nem quanto se ganha ao fim do mês. Mas sim sabermo-nos governar com aquilo que
ganhemos, e estarmos a executar a profissão
que queremos. Não nós esquecendo que todas as profissões têm os seus
"ossos".
Imagem
sobre as profissões…
Para terminar este capitulo só me resta falar de um ultimo
assunto relacionado com a capacidade de ver dez, ou vinte anos no futuro ou até
mais e que achei interessante. A uns dias atrás "navegando pela web"
encontrei um site interessante com o endereço eletrónico:
http://dancingwithde.com/2013/11/18/enfermeira-revela-os-5-maiores-arrependimentos-das-pessoas-em-seus-leitos-de-morte/
e fala sobre uma enfermeira que revela os cinco maiores
arrependimentos das pessoas em seus leitos de morte. E sobre tudo
no que as pessoas mudariam se pudessem voltar a trás no tempo. Achei o texto
interessante, e resolvi aqui partilha-lo no livro e a partir daqui estou a
citar a mensagem que consta do site Dancing With De com o endereço
eletrónico que antes referi.
Doente paliativo…
"Por muitos anos eu trabalhei em cuidados paliativos. Meus
pacientes eram aqueles que tinham ido para casa para morrer. Algumas
experiências incrivelmente especiais foram compartilhadas. Eu estava com eles
nos últimas três a doze semanas de suas vidas. As pessoas crescem muito quando
eles são confrontados com a sua própria mortalidade.
Eu aprendi a nunca subestimar a capacidade de alguém para o seu
crescimento. Algumas mudanças foram fenomenais. Cada um experimentou uma
variedade de emoções, como esperado, negação, medo, raiva, remorso, mais
negação e, finalmente, aceitação. Cada paciente encontrou sua paz antes deles
partirem, cada um deles.
Quando questionados sobre algum arrependimento que tiveram ou
qualquer coisa que faria diferente, temas comuns vieram à tona. Aqui estão os
cinco mais comuns:
1. Eu gostaria de ter tido a coragem de
viver uma vida verdadeira a mim mesmo, e não a vida que os outros esperavam de
mim.
Este foi o arrependimento mais comum de todos. Quando as pessoas percebem que sua vida está quase no fim e olham para trás, é fácil ver como muitos sonhos não foram realizados. A maioria das pessoas não tinha honrado nem metade dos seus sonhos e morreram sabendo que foi devido às escolhas que fizeram, ou não fizeram.
É muito importante tentar e honrar pelo menos alguns
de seus sonhos ao longo do caminho. A partir do momento que você perde a sua
saúde, é tarde demais. Saúde traz uma liberdade que muitos poucos percebem, até
que já não a tem.
2. Eu gostaria de não ter trabalhado tão
duro.
Isto veio de cada paciente do sexo masculino que eu acompanhei. Eles perderam a juventude de seus filhos e o companheirismo dos parceiros. As mulheres também falaram sobre esse arrependimento. Mas, como a maioria era de uma geração mais velha, muitas das pacientes do sexo feminino não tinham sido as pessoas que sustentavam a casa. Todos os homens que acompanhei lamentaram profundamente gastar tanto de suas vidas na esteira de uma existência de trabalho.
Ao simplificar o seu estilo de vida e fazer escolhas conscientes
ao longo do caminho, é possível não precisar da renda que você acha que
precisa. E criando mais tempo livre em sua vida, você se torna mais feliz e
mais aberto a novas oportunidades, aquelas mais adequados ao seu novo estilo de
vida.
3. Eu gostaria de ter tido a coragem de
expressar meus sentimentos.
Muitas pessoas suprimiram seus sentimentos a fim de manter a paz com os outros. Como resultado, eles se estabeleceram por uma existência medíocre e nunca se tornaram quem eram realmente capazes de se tornar. Muitos desenvolveram doenças relacionadas à amargura e ressentimento que carregavam, como resultado disso.
Nós não podemos controlar as reações dos outros. No
entanto, embora as pessoas possam, inicialmente, reagir quando você mudar a
maneira que você está falando com honestidade, no final isso erguerá a relação
à um nível totalmente novo e saudável. Ou isso ou ele libera o relacionamento
doentio de sua vida. De qualquer maneira, você ganha.
4. Eu gostaria de ter mantido contato com
meus amigos.
Muitas vezes eles não percebem verdadeiramente os benefícios de velhos amigos até estarem em seu leito de morte, e nem sempre foi possível reencontrá-los nestes últimos momentos. Muitos haviam se tornado tão envolvido em suas próprias vidas que tinham deixado amizades de ouro escapar nos últimos anos. Havia muitos arrependimentos profundos sobre não dar às amizades, o tempo e esforço que mereciam. Todo mundo sente falta de seus amigos quando estão morrendo.
É comum à qualquer um com um estilo de vida agitado,
deixar amizades escorregarem, mas quando você se depara com a sua morte se
aproximando, os detalhes físicos da vida caem. As pessoas querem colocar suas
finanças em ordem, se possível. Mas não é dinheiro ou status que tem a
verdadeira importância para eles. Eles querem arrumar as coisas para o
benefício daqueles à quem amam. Normalmente, porém, eles estão muito doentes e
cansados de gerir esta tarefa. E tudo se resume ao amor e relacionamentos no
final. Isso é tudo o que resta nas semanas finais, amor e relacionamentos.
5. Eu gostaria que eu tivesse me deixado
ser feliz.
Este é surpreendentemente comum. Muitos não percebem, até o fim de que a felicidade é uma escolha. Eles haviam ficado presos em velhos padrões e hábitos. O chamado “conforto” da familiaridade transbordou em suas emoções, bem como as suas vidas físicas. O medo da mudança os fazia fingir para os outros e para si mesmos, que estavam satisfeitos. Quando lá no fundo, eles ansiavam em rir e serem bobos em sua vida novamente. Quando você está no seu leito de morte, o que os outros pensam de você é muito diferente do que está em sua mente. Como é maravilhoso ser capaz de relaxar e sorrir novamente, muito antes de você estar morrendo.
A vida é uma escolha. É a sua vida. Escolha
conscientemente, escolha sabiamente, escolha honestamente. Escolha a
felicidade."
Posto isto questiono quem estiver a ler o livro. E nós, será
que estes não podem ser também os nossos arrependimentos daqui a uns anos,
espera-se que largos quando estivermos
em cuidados paliativos?!... E ainda acrescento e será que não podemos
evitar estes arrependimentos. E se evitarmos estes será que teremos outros de
que nos possamos arrepender?!... afinal de contas mediante as decisões que
tomarmos hoje assim as consequências quer boas ou más nós vão aparecer no
futuro… e todos nós erramos mas também todos nós podemos corrigir os nossos
erros em quanto houver tempo para isso.
Fica
a dica…
Do
Pensador Alexandre Herculano…
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